O Neto Do Homem Mais Sábio, de Tomás Guerrero
Fórum de partilha de leituras da Biblioteca Escolar da Escola Básica D. Domingos Jardo. Leia, comente e partilhe...
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
Dlovu e a Estrada, de Ana do Rosário
Sobre o livro ...
Um ótimo livro infantil que nos faz pensar sobre o valor da família e da preservação da Natureza. A personagem principal é um elefante “símbolo de sabedoria, lealdade, entreajuda e companheirismo”.
Abre com uma
bonita dedicatória a uma pessoa especial, a que se segue, numa escrita poética,
um prefácio da escritora Lurdes Breda, sobre Ana do Rosário e o seu “coração
verde”:
“Há pessoas que
nascem com o coração verde. Tão verde que quase se fundem com as plantas e com
os animais com quem partilham o ar que respiram. E há animais tão sagrados que,
simplesmente, irrompem do coração verde das pessoas que com ele nascem e contam
a sua própria história, como se o papel onde caminham fosse, desde sempre, a
sua casa.” (página 7)
O segundo
prefácio traz-nos as palavras de Rui Branco, diretor de conservação do Parque
Nacional da Gorongosa, Moçambique, que nos faz um apelo: “Esta história
leva-nos numa viagem feita por uma família que poderia muito bem ser a nossa.
Ao lerem este conto, tentem colocar-se no lugar desta família de elefantes e,
depois, juntem-se a este movimento global, pois apenas com acções poderemos
transformar esta esperança em realidade. Vamos ajudar a salvá-los!”
Sinopse:
Num dia divertido em família, o pai de Dlovu resolve que todos devem ir passear por um lugar novo no mato. Dlovu, distraído e sonhador, estava ansioso para ver coisas novas, mas, os membros da família estavam muito cautelosos por saberem que aquela era uma zona perigosa. Pelo caminho, depararam-se com uma estrada que tinham de atravessar para chegar ao destino. Ao atravessá-la, a família vê-se afligida por uma ameaça. Chegarão todos ao outro lado em segurança?
Vamos espreitar o livro ...
«Hoje esteve um
calor terrível, daqueles que faz a pele queimar, por isso estivemos a brincar
no rio perto de onde vivemos e chapinhar na água é das coisas que mais gosto de
fazer.
Saímos agora do
rio e estamos a passear todos juntos. Adoro quando a família decide dar este
longos passeios e descobrir coisas novas. O meu pai disse-me que hoje vamos a
um lugar novo. Ele já lá foi muitas vezes, mas, é a primeira para mim.
-Dlovu! Fica
perto de mim! - avisou a minha mãe. (pág. 15)
[…]
“Há bem pouco tempo, esta zona
era um mosaico infinito de pradarias esverdeadas e florestas de árvores
frondosas, interrompido apenas pelos belos riachos onde tanto gostas de brincar
e que tão importantes são para nós. Agora este padrão foi invadido por caminhos
sem ervas e sem árvores que temos de aprender a atravessar ocasionalmente. E
ali está, diante de mim, um destes caminhos. Estupefacto, percorro com os olhos
as linhas esbranquiçadas estampadas naquele chão preto e, nele, vejo poisados
curiosos objectos de metal, “será que aquilo é que são os tais carros?”,
questiono-me. Nunca tinha visto um carro antes.» (pág. 23)
Disponível aqui: