sábado, 5 de junho de 2021

 Histórias em Verso Para Meninos Perversos, Roald Dahl

Histórias em Verso Para Meninos Perversos, Roald Dahl, 
Editorial Teorema, 2018 

(Obra recomendada pelo Plano Nacional de Leitura, para leitura em sala de aula orientada - 5ºAno de escolaridade) 

Sinopse:
Originalmente, este livro foi publicado em 1982, mas no ano de 1999, foi traduzido para português pela escritora Luísa Ducla Soares.
Roald Dahl reescreveu, com rimas, seis clássicos da literatura infantil: A Gata Borralheira; O Capuchinho Vermelho; João e o Feijoeiro Mágico; A Branca de Neve e os Sete Anões e os Três Porquinhos, numa versão algo sarcástica, cómica, a raiar o humor negro.
É um ótimo livro para o treino da fonética, pois estas histórias tradicionais são todas narradas com rimas.

É um livro muito original, divertido, que faz rir crianças e adultos.
A sua leitura cómica e inesperada prende logo a atenção do leitor!

 O Apicultor de Alepo, de Christy Lefteri


O Apicultor de Alepo, de Christy Lefteri,
Edições Asa, 2019 
Sinopse:
 

Christy Lefteri cresceu em Londres e é filha de refugiados cipriotas.
Esta obra teve origem no seu trabalho como voluntária num centro da Unicef de apoio aos refugiados em Atenas onde todos os dias chegavam mais pessoas, famílias perdidas e assustadas, vindas principalmente da Síria e do Afeganistão. O facto de ter estado com estas pessoas, nas circunstâncias mais horríveis da sua vida, levou a autora a escrever este livro inspirado na sua história de vida e também como forma de contribuir para o despertar de consciências de todos os que têm uma vida cómoda e tranquila.
Lefteri expõe o que pode ser apelidado de (des)humanidade, quando mostra em Alepo a ameaça e o extremismo do conflito e da sobrevivência e, nos campos de refugiados, a passividade e a cegueira oportuna das autoridades perante as evidências de exposição e exploração dos mais vulneráveis.
Através das memórias de Nuri, apicultor, e da sua mulher Afra, artista, o leitor contacta com duas versões de Alepo: a cidade antes e depois da guerra instalada, e a forma como o povo procura sobreviver. Nuri e Afra retratam, ainda, a história de um amor que procura sobreviver a perdas profundas: de um filho, da terra, da identidade, da esperança e, em muitos aspetos, da dignidade.
Quando a sua vida simples, com uma família e amigos, é destruída pela guerra, são forçados a fugir, numa perigosa viagem pela Turquia e Grécia até ao Reino Unido.
Na travessia, Nuri tem esperança de reencontrar o seu primo, e sócio nos negócios, Mustafa, que criou apiários na Inglaterra e que ensina apicultura aos refugiados em Yorkshire. Através da relação com Mustafa, é dado relevo ao poder do afeto, a uma intensa história de amizade entre famílias ligadas pela história, pelo interesse pela apicultura, pelo testemunho partilhado de um sonho e da resistência, que a guerra afasta, mas que a persistência faz sobreviver.
Através da vida das abelhas, dos apiários, da "cegueira" de Afra e da visão de Nuri, Lefteri destaca a vulnerabilidade, a vida e a esperança, mostrando as formas de conter a dor, de superar o trauma e a forma que cada um enfrenta a dura realidade.
Afinal, "... as pessoas não são como as abelhas, não trabalham em colaboração".

O Apicultor de Alepo é um livro comovente, poderoso, escrito com enorme beleza e compaixão. É um testemunho do triunfo do espírito humano. Narrado de uma forma clara, é o tipo de livro que nos recorda o poder das boas histórias.

terça-feira, 1 de junho de 2021

 O Tatuador de Auschwitz, de Heather Morris


O Tatuador de Auschwitz, de Heather Morris
Editorial Presença, fevereiro 2018

 Sinopse:

O Tatuador de Auschwitz é um romance da autora neozelandesa Heather Morris e conta a história verídica do amor entre dois prisioneiros, Lale e Gita, passada no campo de concentração de Auschwitz, durante a 2ª Guerra Mundial.

A história, começa com Lale Sokolov que se vê obrigado a deixar a família e a ser levado num comboio de gado para um dos campos de concentração mais famosos e terríveis da História: Auschwitz. Quando lá chegou, retiraram-lhe tudo o que tinha e deram-lhe apenas um uniforme velho e sujo para vestir. Foi então levado para Birkenau, para o bloco sete, onde começou a trabalhar na construção do restante campo.

Um dia, ficou tão doente que os soldados deixaram-no, junto aos restantes corpos mortos. A sua salvação foi o ato corajoso de um amigo e a bondade do tatuador do campo, que o curou. Quando recuperou tornou-se seu ajudante. Esse trabalho não era agradável, mas protegia-o de muitos riscos a que estava exposto nas obras. Foi aí, que conheceu Gita, a rapariga que lhe deu ânimo para viver.

Gita era uma jovem eslovaca que tinha chegado a Auschwitz poucos meses antes dele e trabalhava no Canadá, local para onde iam todos os pertences retirados aos prisioneiros.  Mal a viu, quis conhecê-la melhor. Para tal, sempre que conseguia subornar algum superior com a comida extra que arranjava, encontrava-se com ela aos domingos.

Durante três anos, o romance passou por muitos problemas e sacrifícios, no entanto, conseguiram arranjar amigos e aliados, que os salvaram muitas vezes, como o oficial Baretski, o superior de Lale, Dana, Ivana, Cilka, Victor e Yuri, pai e filho, entre outros oficiais e prisioneiros.

Neste livro são relatados vários episódios chocantes, tais como as mortes horrendas nos crematórios dos campos de concentração e as experiências que o doutor Joseph Mengele, denominado Anjo da Morte, fazia nos prisioneiros.

Este romance aborda sentimentos importantes, como a sobrevivência, o sacrifício, a amizade e a compaixão. Narra uma história verídica que deve ser contada, para que nunca caia no esquecimento do que o ser humano é capaz de fazer, a nível da maldade e da bondade.