sexta-feira, 8 de abril de 2022

Britt-Marie esteve aqui, de Fredrik Backman 


Britt-Marie esteve aqui, de Fredrik Backman, 

Porto Editora, 2019

Sinopse:

Britt-Marie Esteves Aqui é o terceiro romance do colunista e blogger Fredrik Backman. Este livro sucede a outras obras de sucesso, como "Um homem chamado Ove" (já adaptado para cinema) e "A minha avó  pede desculpa".

Britt-Marie é uma mulher de sessenta e três anos, habituada a uma vida confortável, mas leva uma vida rotineira: o jantar deve ser servido às 6h00 em ponto e os vidros das janelas devem ser os mais limpos da rua. Ela não é uma pessoa crítica, exigente ou difícil. Não é bisbilhoteira e não emite juízos de valor da vida dos outros. 

Espera apenas que as coisas sejam feitas de uma determinada forma. Não suporta desorganização: garfos, facas e colheres, devem estar colocados por esta ordem. Uma gaveta de talheres desarrumada está no topo da sua lista de pecados imperdoáveis! Para ela, o dia começa, impreterivelmente, às seis da manhã, pois é sinónimo de uma pessoa trabalhadora.

Às vezes, parece ter uma atitude passivo agressiva, mas isso só acontece, pois as pessoas, às vezes, interpretam as suas sugestões construtivas, como críticas, mas essa nunca é a sua intenção. Britt-Marie não faz julgamentos da forma de ser das pessoas que a rodeiam, não se importando se são mal-educadas, desleixadas ou moralmente duvidosas. Por trás do seu jeito socialmente desajeitado, exigente, há uma mulher cheia de imaginação, com sonhos maiores e com um coração muito afetuoso, que as pessoas desconhecem.

A sua vida perfeitamente organizada, de repente, desorganiza-se e tudo muda!

Ela quase teve um ataque de coração, quando descobre que o seu marido Kent é infiel. Tem uma amante, muito mais nova do que ela.

Nesta altura, toma a decisão de sair da sua zona de conforto, deixar o marido, largando inclusive a sua imaculada varanda, e passa a sustentar-se sozinha. É obrigada a arranjar um emprego temporário e passa a cuidar de um centro recreativo prestes a ser fechado, em Borg, uma pequena vila onde nada acontece, sendo a única distração o futebol. 

No trabalho, a meticulosa Britt-Marie tem de lidar com pisos enlameados, crianças indisciplinadas e até uma pobre ratazana como colega de quarto e com a qual Britt-Marie fará uma amizade improvável. Britt-Marie acaba por ter uma nova vida, sendo envolvida no quotidiano dos moradores locais, uma estranha mistura de seres desesperados, canalhas, bêbados e desocupados, e um polícia, que mal consegue esconder os seus sentimentos de recém-chegada. Para piorar a situação, foi incumbida da impossível tarefa de treinar e levar a equipa infantil de futebol local, composta por várias crianças sem qualquer tipo de talento, à vitória. 

A partir daqui, será obrigada a recomeçar tudo e a aprender quem é, sem alguém que lhe diga o que fazer ou pensar, contando apenas com a ajuda preciosa de um grupo de adolescentes um pouco problemáticos. Neste momento, acaba por descobrir que nem tudo o que parece é.

E, quando um dia Kent aparece a pedir-lhe desculpa, ela tem de decidir, de uma vez por todas, o que realmente deseja da vida.

Nesta pequena localidade de gente inadaptada, pode Britt-Marie encontrar o lugar a que realmente pertence? Será que as amizades inesperadas que conseguiu criar são mais fortes do que a vida antiga desafogada que tinha?

A história de vida narrada neste livro é comovente, perspicaz e humana!

2 comentários:

  1. Este livro mostra como uma pessoa é capaz de enfrentar novos desafios e mudar radicalmente o seu modo de vida.

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  2. A história de uma vida que infelizmente hoje faz parte do nosso quotidiano!

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