quinta-feira, 18 de junho de 2020

“As Gémeas de Auschwitz”, de Eva Mozes Kor


“As Gémeas de Auschwitz”, de Eva Mozes Kor, Alma dos Livros, 
setembro 2019

Sinopse:

Eva Mozes Kor, a autora deste livro, nasceu numa pequena vila da Roménia, Portz, em 1934. Chegou ao campo de concentração de Auschwitz em maio de 1944 e, antes de cumprir 11 anos, já sentira na pele o lado mais podre da guerra e a trágica loucura dos homens.

Esta é uma história real, arrepiante, das atrocidades praticadas pelos nazis na Segunda Guerra Mundial em campos de concentração. Um história real, inesquecível, contada por uma das irmãs gémeas protagonistas, ainda uma criança.
«Havia um nazi a correr naquela plataforma, a gritar, em alemão, ‘gémeas, gémeas’. Ele reparou em nós e exigiu saber se éramos gémeas. A minha mãe perguntou se isso era bom, o nazi disse ‘sim’. Nesse momento, veio outro nazi, mandaram a minha mãe para a direita e a nós para a esquerda. Estávamos a chorar, ela estava a chorar. Nem lhe disse adeus, não percebi que era a última vez que a ia ver. Aquilo tudo demorou 30 minutos, desde que chegámos no comboio e a minha família desapareceu.»
Diz-nos a protagonista: «Se eu tivesse morrido, Mengele teria dado uma injecção letal à minha irmã para fazer uma autópsia dupla. Só me lembro de repetir para mim mesma: Tenho de sobreviver, tenho de sobreviver.»

Em 1984, Eva Kor fundou a organização CANDLES, um acrónimo para Children of Auschwitz Nazi Deadly Lab Experiments Survivors, com o intuito de educar publicamente sobre a eugenia, o Holocausto e o poder do perdão. Por meio deste programa, descobriu 122 sobreviventes de Josef Mengele. Morreu em 2019, aos 85 anos.
Um livro fantástico para ler, reler e oferecer a todos os seus amigos.


3 comentários:

  1. Um livro notável para a compreensão do Holocausto e até onde pode ir a perversidade humana. Ao mesmo tempo, um hino à coragem e ao triunfo do bem sobre o mal, uma celebração à vida e à bondade que teima em resistir, até nos meios mais hostis.

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  2. Tema dificílimo devido à crueldade humana subjacente ao tema mas que não podemos esquecer nem fingir que não aconteceu. Com estas abordagens humanizadas será mais fácil cativar os jovens para uma informação compreensível e cativante.

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  3. Um livro que não permite que as atrocidades cometidas fiquem esquecidas, mas que nos ensinam que é possível haver lugar ao perdão para ajudar a superar as mágoas e os horrores sofridos no passado.

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